Polícia Civil investiga suspeitas de fraudes milionárias na Operação Alvará Criminoso, com uso de câmeras de segurança.
A Polícia Civil continua investigando possíveis fraudes milionárias em pagamentos judiciais em Goiás e mais cinco estados. Um vídeo exclusivo da TV Anhanguera revela o momento em que um dos indivíduos detidos na Operação Alvará Criminoso adentra uma agência bancária com um alvará falso para obter R$ 40 milhões. O grupo já está sob suspeita de ter fraudado R$ 31,8 milhões.
As autoridades estão empenhadas em desvendar os esquemas criminosos por trás dessas fraudes. É crucial identificar e punir os responsáveis por esses golpes que impactam diretamente a justiça e a sociedade. A população deve estar atenta e denunciar qualquer atividade suspeita que possa estar relacionada a esses criminosos.
Fraudes nos Alvarás: Crime e Golpe em Goiânia
Uma operação de fraude chocou Goiânia em 23 de agosto de 2022, quando um falso alvará de R$ 40 milhões foi apresentado em um banco da região. As câmeras de segurança registraram o momento em que o documento falso, datado do dia anterior, foi utilizado. Surpreendentemente, o alvará fraudulento trazia a assinatura de Gilberto Ortiz da Cruz, um advogado que estava sob custódia na operação e se passava por um juiz.
A investigação revelou que os advogados envolvidos no esquema criminoso tinham acesso privilegiado ao sistema do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO). Utilizando suas senhas pessoais, eles buscavam processos antigos ou paralisados e criavam alvarás falsos, nos quais se autodeclaravam juízes, ordenando que os bancos liberassem valores retidos. O TJ-GO esclareceu que nenhum servidor da instituição estava envolvido nas fraudes e colaborou ativamente com as investigações.
A ação criminosa dos fraudadores foi descoberta pelo serviço de inteligência do tribunal, que prontamente acionou as autoridades policiais. No entanto, quando a fraude veio à tona, os criminosos já haviam sacado mais de R$ 30 milhões por meio dos alvarás falsificados. A operação resultou na prisão de suspeitos em Goiás e outros cinco estados, todos ligados a uma organização criminosa bem estruturada.
Segundo as autoridades, os membros do grupo tinham funções específicas, como o núcleo financeiro, jurídico, de falsificação de alvarás e de lavagem de dinheiro. Além disso, funcionários do banco colaboravam repassando informações sobre contas judiciais. Os saques efetuados pelos criminosos variavam de R$ 77 mil a incríveis R$ 22 milhões.
O delegado responsável pelo caso revelou que o sucesso do golpe se devia à cumplicidade de um gerente bancário. Com a ajuda desse funcionário, o grupo realizou 14 saques e tentou outros 11 entre maio e agosto de 2022. Os suspeitos enfrentarão acusações de estelionato, crime organizado, e lavagem de dinheiro, conforme declarado pela Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás (OAB-GO), que acompanhou de perto as investigações para garantir os direitos dos advogados envolvidos.
Fonte: © Direto News
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