Medida aplicável aos negociantes dos EUA: redes de cartões, acordo antitruste, taxas de passagem, comunicado à imprensa e processo judicial.
Os cartões de crédito são uma forma conveniente e segura de realizar compras no dia a dia. Com eles, é possível parcelar compras, acumular pontos e ter acesso a diversos benefícios oferecidos pelas operadoras. Além disso, os cartões de crédito proporcionam mais praticidade e segurança, já que não é necessário carregar dinheiro em espécie.
Existem diferentes tipos de cartões no mercado, como os cartões de crédito internacionais, que possibilitam compras em diversos países, e os cartões com programas de recompensas, que oferecem vantagens aos clientes conforme o uso do cartão. É importante comparar as taxas, anuidades e benefícios de cada cartão antes de escolher o mais adequado para suas necessidades. Utilizar os cartões de forma consciente e fazer o pagamento integral da fatura são boas práticas para aproveitar ao máximo os benefícios oferecidos.
Acordo antitruste reduz taxas de passagem para comerciantes
Duas das maiores redes de cartões de crédito do mundo, Visa e Mastercard, bem como os bancos que emitem cartões com elas, concordaram em fazer um acordo em um processo antitruste de décadas movido por comerciantes. O acordo deverá reduzir em US$ 30 bilhões, ao longo de cinco anos, as taxas de passagem que os comerciantes pagam quando os clientes fazem compras usando seus cartões Visa ou Mastercard, de acordo com um comunicado à imprensa anunciando o acordo na manhã desta terça-feira (26).
O acordo é o resultado de uma ação judicial movida em 2005. No entanto, nada é considerado finalizado até que receba a aprovação do Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Leste de Nova York. Mesmo assim, o caso também pode ser objeto de recurso, o que pode ser uma longa batalha.
Normalmente, as taxas de furto custam aos comerciantes 2% do total da transação feita por um cliente, mas podem chegar a 4% para alguns cartões de recompensa premium, de acordo com a National Retail Federation (NRF). O acordo reduziria essas taxas em pelo menos 0,04 ponto percentual por um período mínimo de três anos.
Impacto nos portadores de cartões de crédito
Embora os comerciantes tenham argumentado há muito tempo que as taxas de swipe os forçam a cobrar preços mais altos, o acordo não necessariamente pouparia dinheiro dos consumidores. Isso porque o acordo dá aos comerciantes a capacidade de impor sobretaxas aos clientes, dependendo do tipo de cartão Visa ou Mastercard que eles usam. Essas sobretaxas atingiriam provavelmente os titulares de cartões que recebem recompensas, como cashback e milhas aéreas, uma vez que essas podem acarretar taxas de furto mais altas.
Por outro lado, alguns portadores de cartão poderiam obter descontos em bens e serviços, uma vez que os comerciantes poderiam fazer acordos com os bancos para eles usarem o que consideram ser um cartão preferencial. Atualmente, os comerciantes que aceitam Visa ou Mastercard têm que aceitar todas as formas de cartões das empresas.
Legislação e propostas envolvendo cartões de crédito
Além do acordo, um grupo bipartidário de legisladores da Câmara e do Senado está pressionando por um conjunto de novas leis com o objetivo de restringir o domínio da Visa e da Mastercard. Se a proposta for aprovada, os maiores emissores de cartão de crédito, que incluem o JPMorgan Chase, o Bank of America e o Citibank, terão que trabalhar com dois processadores de cartão de crédito em vez de um.
E os dois processadores com os quais eles trabalham não podem ser Visa e Mastercard. A NRF e outras organizações comerciais que representam os comerciantes continuam a apoiar essas leis, mesmo que o acordo seja finalizado.
O deputado republicano Patrick McHenry, que chefia o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, aplaudiu o acordo, dizendo ser uma ‘notícia bem-vinda’. A notícia de terça-feira chega apenas um mês depois que a Discover (DFS) e a Capital One (COF) anunciaram uma fusão que — se aprovada pelos reguladores financeiros e acionistas — criaria a maior empresa de cartões de crédito do país.
Fonte: © CNN Brasil
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